O “Maníaco do Parque” foi um dos serial killers mais aterrorizantes do Brasil. Seus crimes brutais chocaram o país e deixaram um rastro de medo na cidade de São Paulo. Mas quem foi ele? Como ele conseguiu aterrorizar tantas vítimas sem ser descoberto por tanto tempo? Prepare-se para mergulhar nos detalhes sombrios desse caso que ainda intriga e assusta.
Os Crimes do Maníaco do Parque
Francisco de Assis Pereira, conhecido como o “Maníaco do Parque”, aterrorizou a cidade de São Paulo entre 1997 e 1998. Seus crimes ocorreram principalmente no Parque do Estado, hoje chamado Parque Natural Municipal. O local, que deveria ser uma área de lazer, se tornou o cenário de um dos maiores pesadelos da história criminal brasileira.
Francisco atraía suas vítimas, em sua maioria jovens mulheres, com promessas de trabalho como modelos. Fingindo ser fotógrafo, ele usava sua habilidade de convencimento para enganá-las. As abordagens ocorriam geralmente em estações de metrô ou pontos de ônibus, onde ele afirmava estar em busca de mulheres para campanhas publicitárias.
Depois de ganhar a confiança das jovens, ele as convencia a ir ao Parque do Estado, uma área mais isolada. Lá, ele as atacava brutalmente, estuprando e matando suas vítimas de forma cruel. Os corpos eram abandonados no parque, muitas vezes com sinais de tortura, estrangulamento e mutilação.
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As Vítimas
As vítimas de Francisco de Assis Pereira tinham um perfil bastante semelhante: mulheres jovens, entre 18 e 23 anos, que buscavam oportunidades de vida. Muitas sonhavam em ser modelos e viram na proposta do “fotógrafo” uma chance de mudar suas vidas. Infelizmente, esses sonhos sofreram uma interrupção brutal.
Apesar de sete vítimas terem sido incluídas na condenação de Francisco de Assis Pereira, uma delas, no entanto, não foi identificada. Essa situação levanta, portanto, questões sobre a investigação e a busca por justiça para todas as pessoas afetadas por seus crimes. Entre as vítimas confirmadas estão:
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- Raquel Mota Rodrigues (23 anos): Vendedora, desapareceu em janeiro de 1998. Foi atraída com a promessa de trabalho como modelo. Corpo encontrado no Parque do Estado em 29 de janeiro.
- Isadora Fraenkel (19 anos): Desapareceu em 10 de fevereiro de 1998. Seu corpo foi achado em decomposição seis meses depois.
- Patrícia Gonçalves Marinho (24 anos): Desaparecida em 17 de abril de 1998. Atraída por Francisco, que se passava por “caça-talentos”. Seu corpo foi localizado em 28 de julho.
- Elizângela Francisco da Silva (21 anos): Sumiu em 9 de maio de 1998. Encontraram seu corpo em 28 de julho, e a identificação foi feita por impressão digital reidratada.
- Rosa Alves Neta (21 anos): Telefonista desaparecida em 24 de maio de 1998. Francisco confessou tê-la estrangulado. Corpo localizado em 9 de julho.
- Selma Ferreira Queiroz (18 anos): Desapareceu em 3 de julho de 1998. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte, após ser abordada pelo assassino.
Francisco enfrentou acusações de ter matado pelo menos 7 mulheres e de ter estuprado outras que conseguiram escapar.
A Caçada Policial e a Prisão
Com a descoberta dos corpos no Parque do Estado, a polícia de São Paulo iniciou uma das maiores operações de investigação da década. A brutalidade dos crimes e o modo operante repetido sugeriam que estavam lidando com um serial killer. Em 1998, a polícia montou uma grande mobilização, e o caso ganhou destaque na mídia nacional.
Após relatos de sobreviventes, que forneceram descrições detalhadas de Francisco, a polícia conseguiu identificá-lo. Ele tentou fugir; no entanto, foi encontrado em Itaqui, no Rio Grande do Sul, onde se escondia em um albergue. A prisão dele, além disso, teve ampla divulgação e trouxe um alívio significativo à população. Contudo, as memórias dos crimes ainda assombram muitos, o que evidencia o impacto duradouro de suas ações na comunidade.
Francisco confessou os crimes sem remorso, alegando sentir prazer em dominar e destruir suas vítimas.
O Futuro de Francisco de Assis Pereira
Preso há mais de 20 anos, Francisco de Assis Pereira, o “Maníaco do Parque”, está detido em uma penitenciária de segurança máxima em São Paulo. Ele foi condenado a 268 anos de prisão por seus crimes, mas pela lei brasileira, ninguém pode cumprir mais de 30 anos de reclusão. Como está preso desde 4 de agosto de 1998, sua soltura está prevista para agosto de 2028.
Mesmo com a gravidade de seus atos, o sistema legal brasileiro impõe esse limite de 30 anos para o tempo de prisão. Isso significa que o homem responsável por matar sete mulheres e estuprar e roubar outras nove poderá, em breve, retornar à sociedade, gerando um intenso debate sobre a justiça e a eficácia do sistema penal.
Livros e Documentários Sobre o Caso
O caso do “Maníaco do Parque” inspirou diversas reportagens e investigações ao longo dos anos. Alguns livros e documentários incluem:
- “Serial Killer: Louco ou Cruel?” – O livro de Ilana Casoy explora diversos serial killers brasileiros, incluindo Francisco de Assis Pereira, e oferece um mergulho nos perfis psicológicos desses criminosos.
- “Investigação Criminal: Maníaco do Parque” – Documentário disponível em plataformas de streaming que aborda o caso, com entrevistas de sobreviventes, peritos e policiais envolvidos.
Série no Prime Video
Recentemente, o caso voltou a ganhar destaque com o lançamento de uma série no Prime Video. O thriller, intitulado “Maníaco do Parque”, acompanha a intrigante história de Elena, interpretada por Giovanna Grigio. Assim, ela, uma jovem repórter, vê na investigação uma oportunidade não apenas de impulsionar sua carreira, mas também de expor a verdade por trás dos crimes. Além disso, enquanto mergulha na trama, Elena se esforça para impedir que mais atrocidades ocorram, o que a leva a confrontar diversos desafios ao longo de sua jornada. Silvero Pereira interpreta o papel de Francisco. A série estreou em 18 de outubro de 2024 e já está disponível na plataforma.
Curiosidades sobre o Caso
O caso do Maníaco do Parque possui curiosidades que ajudam a entender o impacto causado:
- Manipulação e Carisma: Francisco tinha grande habilidade em manipular suas vítimas. Embora tivesse uma aparência comum, ele sabia como ganhar a confiança de suas presas.
- Fuga e Captura: Francisco fugiu para o Rio Grande do Sul após seus crimes. Sendo encontrado em um albergue, em condições precárias.
- Estudo de Casos: A criminologia frequentemente cita o “Maníaco do Parque” por seu perfil psicológico típico de psicopatas: falta de empatia, prazer em causar sofrimento e ausência de remorso.
Conclusão
O caso do “Maníaco do Parque” continua sendo um dos mais horríveis da história criminal brasileira. Embora Francisco de Assis Pereira esteja atualmente preso, sua possível soltura em 2028 levanta, portanto, importantes discussões sobre a justiça e a segurança pública. Além disso, esse cenário provoca um debate intenso sobre as implicações que sua libertação pode ter na sociedade e no sistema penal como um todo. Seu legado sombrio vive tanto nas memórias das famílias das vítimas quanto no imaginário coletivo.
Agora é sua vez: O que você acha que leva uma pessoa a cometer crimes tão brutais? Deixe sua opinião nos comentários!